17 de jan. de 2012

Noite Fria de Inverno


Noite Fria de Inverno
                                              Por Emanuelle Nicoly Gomes                 

Tudo começou numa noite fria de inverno. Ao soar do sino da igreja. Ao clarão do trovão. E ao bater do meu coração, nossos olhos olhando para a mesma direção: Observando a escuridão.
Era a morte por fora e uma banda de rock por dentro. Era dor e lamento. Era a vida querendo ser vivida.
Não sei bem o que aconteceu. Sei que seus olhos fixaram-se aos meus. O silêncio ainda reinava nas ruas sem destino.
Era o belo e o ruim. Era o nada e o tudo. Era o ser sem ser.
O vento que levava o meu cabelo me fazia arrepiar. Ainda no vazio sombrio daquela fria noite de inverno onde o silêncio mandava e desmandava.
Era eu. Era outro. Era outro ser dentro de mim, que me fazia agir assim.
Outro trovão. O rock ainda tocava. Quando do silêncio e dos olhares fez-se o beijo. O mais demorado e caloroso dos beijos.
Já não era tão sombria a noite.
O sino tornara a soar. E de repente nos separar. Cada um em seu lugar.
Tudo terminou naquela mesma noite fria de inverno. Ao soar do sino da igreja. Ao clarão do trovão. E ao bater do meu coração...

15/09/08
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